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quinta-feira, 16 de junho de 2011

prefácio do Herege

deus é apenas mais uma palavra para mim

sem título por hora

Sentado no meu canto,tomando meu café,o cigarro ainda acesso no cinzeiro solta sua pequena e fina fumaça pelo ar...
-esta tarde está quente e um tanto quanto úmida...
...a vista da bela praia a perder de vista,mar esverdeado com ondas vindo,céu ainda azul,mas com pedaços vermelhos alaranjados no horizonte(lá longe onde quase não posso ver).Mesmo depois de um certo tempo,longe disso tudo,ainda sinto as mesmas sensações de algum tempo atrás,sempre que paro e relaxo,fumo meu cigarro tomando café nessa varanda já um tanto quanto velha e caída,com flores brancas,amarelas e roxas em volta da cabana de madeira,penso como a vida é longa e curta ao mesmo tempo.
Sempre temos o tempo que precisamos,mas muitas vezes não percebemos isso e fica pior quando ainda somos jovens e queremos saber e ter tudo de uma vez,começamos a tentar adivinhar como o mundo funciona ou como ele vai acabar(ou ainda quando ele começou)e tudo ainda é novo,mas esquecemos que apenas parar,tomar um pouco de café e observar o mundo ao redor já é um grande mistério e sentimos o tempo passar calma e devagar sem pressa ou medo de qualquer coisa.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

O Velho Carvalho

Poucas vezes na vida eu tinha parado para olhar o belo carvalho vermelho que vive na frente da minha casa desde que eu nasci.Meu pai me contava,quando eu era menino,que aquele velho carvalho havia sido plantado pelo meu nonno há muitos anos atrás,quando meu pai não havia nem nascido,foi minha nonna que lhe deu as sementes e os dois plantaram juntos.
Meu pai me contou que foi logo depois que meu nonno havia voltado da guerra,sem uma das orelhas posso acrescentar,por um tempo ele ficou louco e com medo de tudo,não saia mais de casa e nem gostava de ver visitas,mas após o dia que ele plantou aquela arvore junto com a minha nonna as coisas mudaram,ele sempre gostou de ficar olhando para aquele carvalho,até mesmo morreu numa manhã de verão,ainda olhando para os grandes galhos que havia ganhado.
Lembro-me de ver meu velho pai fumando seus cigarros fedorentos em enquanto lia seus pequenos e complicados livros de poesia debaixo daquele carvalho,minha mãe,quando ainda viva,trazia dois copos de limonada e as vezes os dois passavam a tarde toda um ao lado do outro enquanto meu pai lia,ela colocava a cabeça no colo dele e ouvia atentamente cada palavra dita pelo meu pai e isso durou muitos anos,até aquela tarde quando ela caiu e não levantou mais.
Lembro-me,quando criança,corria e imaginava ser um super herói de historias infantis,subia em seus galhos e acreditava que era o ser mais poderoso do mundo,olhava tudo lá de cima e pensava que poderia ter tudo,ser deus até mesmo,construía meu reino e o imagina até o fim do horizonte,algo que ia apenas até o pequeno morro do fim da rua,onde uma pequena capela ainda resistia ao tempo.
Lembro-me também que foi ali que dei meu primeiro beijo naquela menininha de belos olhos castanhos que morava no fim da rua,deitamos um ao lado do outro,não sabíamos bem oque fazer ,depois levantamos,ela colocou a cabeça sobre o meu ombro e meu coração começou a bater rápido,nos abraços e quando dei por mim estávamos nos beijando,mas com beijos puros e únicos que nos acompanharam por toda a vida,até aquele momento ... meus filhos e depois meus netos brincaram perto dela,um tempo depois os filhos dos meus netos também,como eu brinquei.
Já vi casais se apaixonando assim como terminando debaixo dos seus galhos,a rua mudou,as pequenas casas foram demolidas e grandes prédios foram construídos ao redor,mas ela esta lá,como era há mais de 100 anos atrás,parece firme e segura,suas folhas caem e nascem todos os anos como sempre foi.
Logo irei fazer 80 anos e sinto que irei primeiro que ela,minha menininha de olhos castanhos já me deixou há algum tempo atrás e logo irei me encontrar com ela,mas enquanto isso,fumo meu cigarro e observo o velho carvalho da minha infância ali vivo e intacto.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

página 1

"...e ela tem um sorriso tão sincero e infantil,consegue deixar covinhas aparecendo no canto do seu belo rosto...seus olhos brilham,brilham cheio de vida e de esperança...posso até mesmo dizer que ela consegue sorrir com o olhar,com os seus belos e marcantes olhos castanhos...é... ela é uma das mais belas criaturas que você pode encontrar por ae  e foi por ela que eu  me apaixonei,isso já faz algum tempo,mas aquele sorriso ainda me encanta e me da paz...lembro-me da primeira vez que a vi...senti algo especial e diferente...ela estava tão tímida e reclusa,,escondida...posso dizer que a amei desde aquele dia e isso só veio aumentando com o passar dos dias...o medo de perde-la me deixou com medo por um tempo,mas logo as coisas começaram a acontecer e nunca pararam e aquele doce sorriso nos acompanha desde então...".
                                                                                                                                      Livro de memoriais;pagina I. 1º parágrafo Lcs A.A
                   

sábado, 11 de junho de 2011

As vezes..

As vezes tenho medo que o amor não passe de palavras eternamente repetidas ... mas no fundo sinto que não se trata apenas disso,não são apenas expressões que você sempre irá dizer por mero formalismo,mas sim se expressões que você utiliza para colocar para fora oque se sente de verdade ...